domingo, 22 de março de 2009

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O F-117 é um avião de formas estranhas, mas que tem seu significado: sua superfície facetada como a de um diamante serve para que as ondas de radar reflitam para diversos lados, fazendo assim aparecer nas telas de radar do inimigo apenas um sinal muito fraco. É um equívoco dizer que o F-117 é um caça invisível, na verdade ele é "menos visível" do que os outros. Toda a fuselagem do avião é coberta por um material absorvente de ondas de radar, as entradas de ar são cobertas e os pontos de junção da carlinga e o porão de bombas são em formato de serrilhado, para diminuir ainda mais o sinal de radar.

O primeiro vôo do F-117 foi em 18 de julho de 1981 no secreto campo de Groom Dry Lake. O 4.450° Tactical Group foi o primeiro esquadrão declarado operacional em outubro de 1983. Em dezembro de 1989 ocorre o batismo de fogo do F-117 durante a invasão do Panamá, mas foi na Guerra do Golfo que o F-117 realmente mostrou todas suas virtudes, sendo o único avião da coligação aliada a ter permissão de atacar a fortemente defendida capital do Iraque Bagdá. Às 2:35 da madrugada de 17 de janeiro de 1991 (hora local), o prédio de comunicações da AT & T foi atingido por uma bomba guiada a laser de 2.000 libras (907 kg), iniciando o início das operações do F-117. Com 42 aviões, 1.299 surtidas e sua incrível precisão (e impunidade) sobre os céus de Bagdá, acabou tornando-se a vedete da Guerra do Golfo. Mas essa "impunidade" não iria durar muito tempo. Quem assistiu as cenas da "perdida" defesa anti-aérea iraquiana tentando acertar os F-117, sem sucesso, se espantou ao ver as imagens nas televisões e jornais de um F-117 abatido, provavelmente, pela anti-aérea sérvia no recente conflito em Kosovo. Pertecente ao 49th Operations Group, sediado na base aérea italiana de Aviano e realizando missões exclusivamente noturnos, como já havia acontecido no Golfo, contra alvos sérvios próximos a Belgrado. Em 21 de março de 1999, quarta noite de ataques, já na perna de regresso e após ter lançado uma bomba GBU-24/B Paveway III a laser, um F-117 foi abatido porvavelmente por vários mísseis terra-ar SA-3 ou SA-6A, seu piloto ejetando e resgatado mais tarde numa operação C-SAR (Combate-SAR).

A USAF aponta algumas hipóteses para explicar a derrubada de F-117. A mais provável é que os sérvios conseguiram determinar os horários em que eram realizados os ataques do F-117, possivelmente com a ajuda de informantes na Itália que lhes informavamos hrários de saída e de chegada dos aviões. Com essas informações, os operadores de radar sérvios acompanhavam a minúscula assinatura radar do F-117, até que esse entrasse numa área coberta pelos mísseis anti-aéreos. Outra hipótese é de que o caça foi realçado pela camada de nuvens acima do nível de vôo, permitindo um lock visual. Há ainda uma outra hipótese, no qual se estuda a possibilidade de uma ou todas as portas do bomb bay estarem abertas devido a problemas mecânicos, o que aumentaria bastante a assinatura radar.

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